respirArte

A palavra projecto deriva do latim “projectu” que significa lançar, relacionando-se com o verbo latino “projectare” que se poderá traduzir por lançar para diante. A partir desta raiz latina, a palavra projecto pode ter vários sentidos: plano para a realização de um acto; desígnio; redacção provisória de uma medida qualquer; esboço. (Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 1989).
A elaboração de qualquer projecto pressupõe um processo que tem como referências um ponto de partida (situação que se pretende modificar), um ponto de chegada (uma ideia do que se pretende modificar) e a previsão do processo de “construção” (o “como” fazer).
Deste modo, o nosso primeiro passo consistiu em definir e conhecer o local, para tal, foi conveniente reunir um conjunto de informações disponibilizadas quer pelo site da Câmara Municipal de Castelo de Vide, quer através do levantamento informativo em publicações, imagens e outros meios, nomeadamente pessoas nossas conhecidas.
Assim, esta organização da informação permitiu-nos identificar e discernir o conhecimento local, que nos permitiu, de seguida, um bom exercício de “braimstorming” de ideias, após o qual se fez uma selecção.
Por conseguinte, e indo ao encontro daquilo que é o conceito de animação sociocultural, decidimos pela realização de actividades de âmbito geral.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Lenda da Senhora da Alegria

"Conta-se que uma certa noite já a obra do convento ia muito adiantada, todo o edifício a crescer a olhos vistos enfim, quando todos já anteviam a entrada das monjas, um incêndio... ...irrompe, demolidor e infernal a devasta tudo o que já estava feito.O bom povo do castelo alertado pela luz intensíssima das chamas e pelo fragor das derrocadas acorre sem demora. Labaredas alteavam-se violentas ameaçando deitar fogo a todas as casas e o que é pior ao armazém de pólvora que bem perto estava. A casa dos Matos ali em frente já era focada pelas chamas, a água estava longe e difícil de carregar, era preciso ir buscá-la à fonte da vila, à fonte do Rossio ou ainda à fontinha da Senhora Sant'Ana. Tudo parecia irremediavelmente perdido.Então todas aquelas gentes, as do centro do castelo e as dos arrabaldes, desde o canto da aldeia até ao barrocal perante o perigo catastrófico em que se encontravam, voltam-se para a “Igreja da Senhora da Alegria” e uma explosão uníssona de fé imploram à Senhora da Alegria que lhes acuda. Como por encanto o incêndio pavoroso extingue-se e nem sequer o rechinar das madeiras incandescentes se ouve. Tudo pára, todo o fogo se apaga instantaneamente à ordem de uma voz que não se ouvia.
No outro dia, ainda a alva mal apontava a manhã e já toda agente se reunia em frente da Igreja da Senhora da Alegria para rezar e agradecer tão magnânima protecção.E todos quiseram beijar os pés de Nossa Senhora mal se atrevendo a olhar o seu rosto, senão quando alguém agarrando o manto de púrpura e ouro que cobre a imagem grita: "MILAGRE! MILAGRE!", uma das pontas desse manto estava queimado porque a Santa havia apagado o fogo, acudindo assim aos moradores do castelo, que ainda hoje veneram a Senhora da Alegria.

Fotografias do projecto