respirArte

A palavra projecto deriva do latim “projectu” que significa lançar, relacionando-se com o verbo latino “projectare” que se poderá traduzir por lançar para diante. A partir desta raiz latina, a palavra projecto pode ter vários sentidos: plano para a realização de um acto; desígnio; redacção provisória de uma medida qualquer; esboço. (Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 1989).
A elaboração de qualquer projecto pressupõe um processo que tem como referências um ponto de partida (situação que se pretende modificar), um ponto de chegada (uma ideia do que se pretende modificar) e a previsão do processo de “construção” (o “como” fazer).
Deste modo, o nosso primeiro passo consistiu em definir e conhecer o local, para tal, foi conveniente reunir um conjunto de informações disponibilizadas quer pelo site da Câmara Municipal de Castelo de Vide, quer através do levantamento informativo em publicações, imagens e outros meios, nomeadamente pessoas nossas conhecidas.
Assim, esta organização da informação permitiu-nos identificar e discernir o conhecimento local, que nos permitiu, de seguida, um bom exercício de “braimstorming” de ideias, após o qual se fez uma selecção.
Por conseguinte, e indo ao encontro daquilo que é o conceito de animação sociocultural, decidimos pela realização de actividades de âmbito geral.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Castelo de Vide

O Castelo desta vila, localiza-se na freguesia de Santa Maria da Devesa, no concelho de Castelo de Vide.
Está construído sobre uma colina da Serra de São Mamede, antigamente tinha uma função defensiva, pois situava-se junto à fronteira com Espanha.
Devido à beleza da paisagem e do município, esta zona é conhecida como a "Sintra do Alentejo".
Só em 1232 é que a povoação de Castelo de Vide aparece como domínio do reino de Portugal. No entanto, acredita-se que o Castelo poderá ter sido reconquistado aos árabes por D. Afonso Henriques em 1148.
Este Castelo trouxe algumas desavenças na família real portuguesa, isto porque, eram filhos de dois casamentos diferentes (o que gerava discórdias entre qual deveria subir ao trono) e porque o Castelo foi doado por D. Afonso III ao infante D. Afonso Sanches que começou a reforçar as suas defesas, construindo muralhas à volta do Castelo. O seu irmão, Rei D. Dinis, achou aquilo estranho e cercou o Castelo em 1281, pensando que aquele reforço das defesas tinha intenções bélicas. Porém, quando tudo indicava o "assalto" ao Castelo chega, de Aragão, uma Real Embaixada com a proposta de casamento do soberano com D. Isabel, futura Rainha Isabel. Apenas com a intervenção do Reino de Aragão é que se acalmaram os ânimos, ficando acordado que D. Afonso Sanches demoliria todos os reforços defensivos que levara a cabo.
Em 1327, D. Afonso IV, de acordo com a inscrição sobre uma das portas, mandou reforçar as defesas do Castelo, altura em que o Castelo fora entregue a Aires Pires Cabral (quarto avô de Pedro Álvares Cabral). No reinado de D. Fernando o Castelo é entregue à Ordem de Avis em troca de Castro Marim.
No final do século XVII, na época da Guerra da Restauração, o Castelo recebe algumas adaptações para artilharia.
Esteve no palco de uma série de guerras (Guerra da Sucessão Espanhola, Guerra das Laranja, Guerras Napoleónicas), isso levou a que este fosse sofrendo graves danos e perdas. É desactivado em 1823.

Fotografias do projecto